Na próxima segunda-feira, dia
14/05, o técnico Tite irá convocar lista final para a Copa do Mundo de 2018, e
trago à tona uma série de fatos em relação à participação do Brasil em Copas do
Mundo que apontam por A+B que para o Brasil voltar da Rússia com o sexto título
mundial é condição necessária a convocação de um jogador que no atual momento
veste a camisa da Sociedade Esportiva Palmeiras. Vamos aos fatos:
Comecemos pelos 5 títulos
mundiais (58, 62,70,94 e 02), o Palmeiras possuía representantes em todos eles,
como demonstrado abaixo:
1958: Mazzola
1962: Djalma Santos, Zequinha e
Vavá
1970: Baldocchi e Emerson Leão
1994: Mazinho e Zinho
2002: (São) Marcos
Essa constatação por si só já
mostra que esse fato em comum entre os cinco títulos mundiais tupiniquins já
justifica a prioridade na convocação de um jogador alvi-verde. Mas pode se
argumentar que o São Paulo Futebol Clube também enviou jogadores aos cinco
títulos mundiais, todavia temos que analisar também alguns anos nos quais o
Brasil não se sagrou campeão.
Dessa forma para balizar melhor a
análise das convocações do Brasil em Copas do Mundo, vamos analisar as
convocações nas quais o Brasil possuía um time que estava jogando o fino da
bola e foi à Copa como amplo favorito ao título, os quais na minha avaliação ocorreram
em três ocasiões: 1982 com a fantástica seleção de Telê Santana, talvez a
seleção brasileira não campeã mais lembrada de todos os tempos. Em 1998, na
qual o Brasil tinha a base campeã em 1994 e com o adendo de Rivado e Ronaldo
voando na época, sem contar Edmundo no auge como reserva de luxo. Além também da
seleção de 2006 com o quadrado mágico formado por Kaká (eleito melhor do mundo
em 2007), Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Fenômeno e Adriano Imperador.
A seleção brasileira de 1982, é
pauta em qualquer programa esportivo, mesa de bar, chá de bebê e afins. A
seleção de Telê com Zico e Sócrates no meio campo, Falcão e Cerezo como
volantes, uma dupla com técnica bem acima da média para a posição, em especial
à época. Triangulações, infiltrações, o tetra já era realidade antes do
embarque para a Espanha. Mas os deuses do futebol não estavam desatentos, a
falta de um jogador palestrino foi duramente punida com um Paolo Rossi ainda
não visto naquela Copa. Compreendemos que assim como para a economia brasileira,
a década de 1980 para o Palmeiras foi a década perdida, contudo, a não convocação de Luis Pereira pra zaga
custou caro à seleção brasileira.
A seleção brasileira de 1998 não
possui a mesma lembrança que a de 1982, entretanto, a expectativa após Copa de
94 e com o desempenho de Rivaldo e Ronaldo à época gabaritavam a seleção
brasileira como favorita à conquista do Penta. Além dos dois jogadores
supracitados, o Brasil possuía os dois melhores laterais do mundo, além de
Edmundo em ótima fase, após ter feito 29 gols em 28 jogos no Campeonato
Brasileiro de 97, como reserva. Quem poderia parar a seleção de Zagallo? A
França o parou, com uma vitória acachapante na final. Mais uma vez a não
lembrança de um jogador do Palmeiras foi punida severamente. Havia opções variadas,
Junior para a lateral esquerda, Velloso para uma das 3 vagas de goleiro, mas
Zagallo não se atentou e mais uma vez o Brasil foi punido.
Chegamos a 2006, mais uma vez
defendendo o título e agora com uma seleção ainda mais credenciada, com
jogadores excepcionais como Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Adriano Imperador em seus
auges, com Robinho e Fred (artilheiro e campeão francês pelo Lyon) na reserva,
laterais consagrados, zagueiros em ótima fase, aniquilando todos os adversários
que passaram pela frente nos últimos anos. O que poderia nos parar? Novamente a
França, agora nas quartas de final, dessa vez ninguém passou mal antes do jogo,
a seleção não dependia apenas de um jogador, tudo encaminhava o Brasil ao hexa.
A opção de Parreira por Rogério Ceni em detrimento de Marcos não foi perdoada.
Nessas três Copas citadas em que
éramos favoritos e perdemos, havia jogadores do São Paulo Futebol Clube e não
havia jogadores da Sociedade Esportiva Palmeiras. Fora isso, como já apresentado
anteriormente, o penta campeonato foi construído em sua totalidade com
jogadores palestrinos.
Como não vivemos apenas de
apontar os erro, vamos tentar mostrar o caminho para o acerto. Para 2018, há
opções variadas para que Tite não incorra nesse erro, dada a incerteza sobre a
terceira vaga de goleiro, aceno para a convocação de Jaílson, em ótima fase e
com ótima qualidade. Apesar da convocação do Jailsão da Massa ser suficiente,
vou apontar outras opções para colaborar com o Tite: a primeira mais complicada
dada a concorrência na posição, caso do Dudu, jogador excepcional, regular e já
foi convocado pelo treinador. Agora com a infeliz lesão de Dani Alves, abre a
oportunidade para o Adenor levar Marcos Rocha, outro jogador em ótima fase e
que dada a abertura dessa vaga, pode encaixar nesse time e cumprir a
obrigatoriedade de um jogador parmerista para alcançarmos o hexa.
Tite, sem um jogador do Palmeiras
os deuses do futebol não nos perdoarão e com pelo menos um jogador alviverde
convocado o Hexa já é ponto número da pauta do Olimpo Futebolístico.

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