Alguns escritores já se
arriscaram a escrever sobre o tema, como o Mestre Eduardo Galeano, que apontava
sobre a maldição permanente sobre o guarda metas, dizendo que até mesmo o solo
em que eles pisam nem mesmo nasce grama, exemplificando os efeitos da praga que
os assola.
Além disso, em tese o goleiro
possui especificidades, sempre muito alto, o que o tornaria capaz de defender
com maior êxito as redes que a toda vez que tremulam sinalizam o sucesso do
ataque inimigo.
Mas Seu Valdir fugia à regra, não
tinha mais que 1,70, um anão embaixo dos 2,20 acima de sua cabeça. Mas Valdir
Joaquim de Moraes era um gigante de baixa estatura, ágil como poucos, com
técnica como nunca visto antes nas pelejas dessa América do Sul.
Protegia sua fortificação contra
os tiros inimigos como ninguém, nem mesmo aquele que diziam ser o Rei o
amedrontava dentro do seu território.
Ajudou a construir dinastias, era
o número 1 de um esquadrão eterno a destilar classe e competência por todos os
lados. Enfileirou conquistas sob o manto alviverde, além de ter deixado o
inimigo definhando na fila.
Mas apenas demonstrar suas
habilidades técnicas não lhe foi suficiente, resolveu passa-las à frente, és o
pai da função de preparador dos amaldiçoados, que sob sua tutela passavam a ter
mais chances de enfrentar dias de glória. Colaborou até mesmo com a canonização
de um Santo.
Nesse final de semana, Seu Valdir
se juntou a Oberdan Catani, seu antecessor na meta palestrina. A essas horas
certamente debatem sobre as glórias que passaram e as que hão de vir no futuro
próximo.
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