Rony é a vitória da classe trabalhadora

 O futebol é um esporte coletivo e como tal deve ser tratado. O futebol, enquanto jogo, é quase 

uma sociedade ideal socialista, onde cada um é alocado naquilo que faz melhor e a sua

função é social, serve ao todo e não apenas a si mesmo. Sendo assim, a vitória do todo é o

que importa. Na prática um resumo do famoso mantra Abelista: "Todos somos um".

Foto: Cesar Grecco/Ag. Palmeiras


Ninguém representa mais essa sociedade ideal do que o Rony. Rony não é só o maior artilheiro

do Palmeiras na história da Libertadores, não é só o jogador que colocou a bola de forma

mágica na cabeça de Breno Lopes em 30 de janeiro de 2021, Rony é o operário, o

trabalhador, praticamente um sindicalista pronto pra colocar piquetes e ajudar a classe

rumo à vitória, a vitória do todo e não só dele. 


Para qualquer um que acompanha o alviverde, é sabido que Rony tem preferência por jogar na

ponta direita, mas há cerca de um ano joga na posição de centroavante. Nosso proletário em

nenhum momento reclamou disso, joga de 9, é xingado, execrado, mas lá está ele cumprindo

sua função social sem reclamar, pronto para correr atrás da próxima bola como se fosse a

derradeira bola de todos os tempos. 


Rony tem menos de 1.70 mas não foge de dividir todas as bolas pelo alto e por baixo com

zagueiros com tamanho para jogar a NBA, mais uma vez, nosso operário está lá, a lutar

como se fosse o último dia de nossas vidas. 


Rony fez dois gols no primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores 2022, já é

o quinto gol só nesse ano nessa competição. Mas não é por isso que ele é craque, é porque

ele se encaixa perfeitamente no coletivo. É porque ele sabe que precisa correr para o

fundo e abrir espaço para outro jogador ficar livre, é porque sabe que é necessário marcar a

saída de bola para que outro jogador recupere a bola e faça o gol.


Rony se doa dentro de campo como se fosse um de nós, deixa tudo em campo e o faz pelo

coletivo e não por si só, não por acaso é amado por Abel, palavras literais do

comandante. E a cada jogo, Rony só concede mais e mais motivos para ser amado, mesmo

sofrendo com tanto ódio gratuito. 


Cada gol do Rony é uma vitória coletiva, assim como cada roubada de bola, cada 

bola dividida e ele representa isso. E quando o futebol dele não é tão vistoso, compensa com

cada gota de suor possível, Rony é Rústico e foi dessa forma que contribuiu à sua maneira com duas

Copas Libertadores para as vitrines parmeristas. Os gols de Rony não são vitórias individuais são

vitórias do proletariado, vitórias da classe trabalhadora parmerista. Ronys de todo o mundo, uni-vos.

Comentários

Lohana disse…
Adorei! Mais um texto que só você seria capaz de escrever. O Rony deveria ler isso, aliás toda a classe operária deveria ler. E que a revolução parmerista que começou com o líder Abel Ferreira encontre mais e mais vitórias, rumo à conquista da América!
Kio disse…
O John Textor deveria contratar o Rony e os outros 10 titulares do Palmeiras, assim nós poderíamos ter alguma esperança de conquistar algum campeonato importante, porque a grande contratação dele, o PK, foi bom apenas pro Palmeiras.