Nessa época ninguém no Brasil era
maior que o Luxemburgo na beira do campo, onde ele pisava se tornava pelo menos
Campeão Brasileiro. O sucesso continuou na primeira parte da década seguinte
mas não com nossa camisa, apesar do título do Paulista de 2008 que mais uma vez
trouxe certa redenção, especialmente naquela semifinal contra o São Paulo
dentro do saudoso Palestra Itália.
Após esse período o futebol mudou
muito, o talento individual deu lugar à táticas elaboradas, números complexos
para explicar disposição do time em campo, nomes novos para posições dentro de
campo que existem há mais de 100 anos. Mudou também o perfil dos jogadores, que
além de jogar futebol, são agentes comerciais, vidrados em redes sociais e que
nem sempre sabem usá-las da melhor maneira.
O Professor Luxemburgo não
mostrou capacidade de adaptação a essas mudanças no futebol e isso se reflete
nos seus trabalhos nessa década e também no trabalho à frente do Palmeiras de
2020. Florida Cup é treino, não é campeonato, mas sem dúvidas voltar a vencer uma
final sobre o rival é um mérito que levamos em conta, mas não é suficiente,
precisamos de mais e infelizmente não será você que pode nos entregar isso.
O lugar de Luxemburgo na história
do Palmeiras é eterno, ficará marcado por todos os títulos que conquistou e por
ser tão genial durante a década de 1990. Foi injusto imputar no Luxa a
responsabilidade de dar padrão de jogo moderno a esse time do Palmeiras.
Glórias do passado não garantem glórias no futuro mas percalços na história
acontecem e as próximas gerações de parmeristas serão ensinadas sobre as
glórias que Luxemburgo deixou, porque a história não depende de 4-1-4-1,
extremos, jogadores que flutuam à frente da área, em suma, a modernidade não
apagará tudo aquilo que o Luxemburgo já fez ostentando as cores do Palestra.
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