O Palmeiras comandado por Abel Ferreira,o jacobino palestrino, nos faz sonhar cada vez a cada jogo que passa. Até
quando ele escala jogadores diferentes do que gostaríamos de ver em campo, as
vezes até mesmo três zagueiros dentro de campo, sabemos que não há o que temer,
o Gajo mostra a cada partida, a cada alteração, a cada escalação que ele sabe exatamente
o que está fazendo.
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| Foto: César Grecco (Ag. Palmeiras) |
O Palmeiras ataca e defende como
um exército verde e branco pronto para derrubar à Bastilha ou obstinado a
defender o Kremlin dos ataques inimigos. A partir da “disciplina, trabalho duro
e vosso talento” chegamos às semifinais da Libertadores e Copa do Brasil, além
de estar vivo no Campeonato Brasileiro.
Mesmo com todos esses aspectos
não é possível dizer que o parmerista viveu apenas tranquilidade, gato
escaldado tem medo de água fria, diriam vossas avós. O ataque do Libertad aos
13 do primeiro tempo do segundo jogo, em um período de tempo que não deve ter
demorado nem 2 segundos, foi o suficiente para passar uma centena de filmes
trágicos na cabeça de cada um, especialmente das quartas-de-final do ano
anterior. Mas dessa vez seria diferente, Weverton tirou aquela bola com a força
do pensamento de cada um dos 16 milhões de palestrinos que assistiam aquele
lance, mesmo aqueles com delay da televisão.
Aquela defesa trilhou o caminho
para a fase seguinte, o resto do jogo, felizmente, seguiu o script desejado
para essa batalha. Aquele lance nos colocou a 3 três passos do paraíso e de lá
não queremos voltar. Talvez em nenhum outro momento das últimas duas décadas
nos sentimos tão aptos a alcançar o topo da América. Nem mesmo em 2018, quando
ganhamos o Brasileirão e alcançamos as semifinais das duas Copas, era tão
possível vislumbrar com tamanha clareza o cume do continente.
Não há dúvidas de que esses três
passos tendem a ser os mais difíceis de toda a caminhada, só nos restam times
com pelo menos três títulos de Libertadores no currículo no nosso caminho. O
primeiro deve ser o River, adversário da semifinal de 1999 e talvez o time mais
consistente da América do Sul pelo menos nos últimos 5 anos. E uma eventual
final teria algum time entre Santos, Grêmio, Boca e Racing.
Não há adversário simples nesses
passos para o paraíso mas há a força parmerista, renovada a cada dia. A torcida
do Palmeiras merece esse título com DNA e sangue palestrino, com meio time
oriundo da categoria de base do Palestra, com um time ofensivo e que impõe seu estilo de
jogo em cima do adversário. Se os nossos passos para o paraíso serão difíceis,
o que podemos garantir é que para os nossos adversários serão mais difíceis
ainda.
E que esse paraíso seja mais
amplo que o Jardim do Éden dos religiosos e nos traga glórias no plural e não
no singular.

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