Com quantos Gabriéis se faz um Verão (ou Verón)?


A sina da base parmerista parece se esvair a cada ano e a cada jogo que passa nesse conturbado ano de 2020. A categoria de base alviverde que vivia de pequenos lampejos nas últimas décadas, nesse ano revela craques como se fosse uma linha fordista de produção em massa.

                                                                                                    Gabriel Verón e Gabriel Silva. Foto: Fábio Mennoti, Ag. Palmeiras                        

Além disso, há um fato curioso, dos principais jogadores oriundos da nossa categoria de base, parece que chamar Gabriel já o faz um jogador promissor. O primeiro dele, e provavelmente o menos conhecido hoje em dia, é o lateral esquerdo Gabriel Silva, revelado pelo Palmeiras em 2010 e vendido no meio de 2011 para a Udinese da Itália.

Esse jogador que seria o primeiro de uma safra de Gabriéis, apesar de não ter feito grande sucesso, se mantém até os dias atuais jogando em times medianos da Europa. Foi emprestado para outros times italianos, para o Granada da Espanha e em 2017 negociado com o Saint-Etienne da França, onde joga até hoje.

5 longos anos depois estreou no time profissional, aquele que até o momento é o filho com mais sucesso oriundo da Academia de Futebol: Gabriel Jesus. Nenhum jogador de linha vindo da base palestrina auferiu tanto sucesso esportivo e financeiro para o clube. Em dois anos como profissional foram uma Copa do Brasil e um Campeonato Brasileiro e ao fim desse último, ele foi vendido por cerca de 35 milhões de euros. Isso sem contar o sucesso jogando no Manchester City e o fato de ser atacante titular da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2018.

Mais cinco anos se passaram entre a estreia de Gabriel Jesus no profissional e o ano de 2020. E nesse ano mais uma safra de Gabriéis oriunda da categoria de base surge no alvi-verde. Dessa vez, ao invés de um aparecem três deles: Gabriel Menino, Gabriel Verón e Gabriel Silva.

O primeiro talvez seja aquele em estágio de evolução mais avançado entre os três, é também o mais velho com 20 anos. Subiu para o profissional como volante e virou lateral direito, posição que rendeu a convocação para seleção brasileira principal, mas destaca-se que figurou com frequência em todas as seleções de base.

Gabriel Verón, atacante, é talvez aquele que mais gera expectativas. Subiu para o profissional com 17 anos e era sensação das categorias de base do Palmeiras e da seleção brasileira, sendo o melhor jogador da Copa do Mundo sub-17 em 2019. Avança a cada dia um degrau a mais rumo ao protagonismo, como diria o Gajo, Abel Ferreira, é impossível que o Palmeiras venda esse jogador por um valor menor do que aquele que o Santos recebeu ao vender Neymar para o Barcelona.

Por fim, Gabriel Silva, centroavante, esse o Gabriel com mais caminho a ser evoluído, técnica e fisicamente. Mas tal qual os outros dois está entre os bons talentos que revelados pelo Palmeiras. No último jogo pela Libertadores contra o Delfín-EQU, apesar de perder um gol simples, deu sua primeira assistência como profissional.

Há ainda muitos outros Gabriéis, Patricks, Renans, Wesleys, Danilos, que a cada dia fazem sua partida de estreia no profissional palestrino. Diferente de outros tempos, quando parecia que os jogadores da base do Palmeiras eram criminosos e que eram proibidos de serem colocados em campo por técnicos e dirigentes que viviam no passado, agora a realidade mostra o quanto há craques dentro de casa.

Uma só andorinha não faz verão, mas três Gabriéis irão fazer um dos maiores verões que o planeta Terra já viu. Vocês Verón.

Comentários

Kio disse…
Se suas expectativas se tornarem realidade o Palmeiras se será o segundo melhor time do Brasil, atrás do Botafogo, hahaha.
Lohana disse…
Eu ri no final. rsrs O Palmeiras vive uma boa safra, especialmente de Gabriéis. Que seja mesmo o melhor verão de todos, com jogos inesquecíveis, uma conquista da América e dois títulos nacionais.