A sina da base parmerista parece
se esvair a cada ano e a cada jogo que passa nesse conturbado ano de 2020. A categoria
de base alviverde que vivia de pequenos lampejos nas últimas décadas, nesse ano
revela craques como se fosse uma linha fordista de produção em massa.
Esse jogador que seria o primeiro
de uma safra de Gabriéis, apesar de não ter feito grande sucesso, se mantém até
os dias atuais jogando em times medianos da Europa. Foi emprestado para outros
times italianos, para o Granada da Espanha e em 2017 negociado com o Saint-Etienne
da França, onde joga até hoje.
5 longos anos depois estreou no
time profissional, aquele que até o momento é o filho com mais sucesso oriundo
da Academia de Futebol: Gabriel Jesus. Nenhum jogador de linha vindo da base
palestrina auferiu tanto sucesso esportivo e financeiro para o clube. Em dois
anos como profissional foram uma Copa do Brasil e um Campeonato Brasileiro e ao
fim desse último, ele foi vendido por cerca de 35 milhões
de euros. Isso sem contar o sucesso jogando no Manchester City e o fato de ser
atacante titular da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2018.
Mais cinco anos se passaram entre
a estreia de Gabriel Jesus no profissional e o ano de 2020. E nesse ano mais
uma safra de Gabriéis oriunda da categoria de base surge no alvi-verde. Dessa
vez, ao invés de um aparecem três deles: Gabriel Menino, Gabriel Verón e
Gabriel Silva.
O primeiro talvez seja aquele em
estágio de evolução mais avançado entre os três, é também o mais velho com 20
anos. Subiu para o profissional como volante e virou lateral direito, posição
que rendeu a convocação para seleção brasileira principal, mas destaca-se que
figurou com frequência em todas as seleções de base.
Gabriel Verón, atacante, é talvez
aquele que mais gera expectativas. Subiu para o profissional com 17 anos e era
sensação das categorias de base do Palmeiras e da seleção brasileira, sendo o
melhor jogador da Copa do Mundo sub-17 em 2019. Avança a cada dia um degrau a
mais rumo ao protagonismo, como diria o Gajo, Abel Ferreira, é impossível que o
Palmeiras venda esse jogador por um valor menor do que aquele que o Santos
recebeu ao vender Neymar para o Barcelona.
Por fim, Gabriel Silva, centroavante,
esse o Gabriel com mais caminho a ser evoluído, técnica e fisicamente. Mas tal
qual os outros dois está entre os bons talentos que revelados pelo Palmeiras.
No último jogo pela Libertadores contra o Delfín-EQU, apesar de perder um gol
simples, deu sua primeira assistência como profissional.
Há ainda muitos outros Gabriéis,
Patricks, Renans, Wesleys, Danilos, que a cada dia fazem sua partida de estreia
no profissional palestrino. Diferente de outros tempos, quando parecia que os jogadores da base do Palmeiras eram criminosos e que eram proibidos de serem
colocados em campo por técnicos e dirigentes que viviam no passado, agora a
realidade mostra o quanto há craques dentro de casa.
Uma só andorinha não faz verão,
mas três Gabriéis irão fazer um dos maiores verões que o planeta Terra já viu.
Vocês Verón.

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